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FILOSOFIA DOS NÔMADES
André Silva

INTRODUÇÃO


Opondo-se à lírica do sentimentalismo amargo, que continuamente valorizou a morte, a tristeza, a solidão, a angústia e a vulnerabilidade humana como vigas mestras para a criação artística, o presente livro se volta para outros aspectos da vida, como a alegria, a liberdade, a amizade e a potência humana para sentir e causar prazeres. Nesse sentido, ele reposiciona a poesia, retirando-o do lugar de lamento ou de constatação corrosiva da realidade, para colocá-la como meio subversivo de afirmação da vida, do corpo e da potência humana para criar, agir, usufruir, lutar, sonhar, etc.


Com citações a filósofos dos mais variados contextos históricos, desde à antiguidade clássica, tais como Heráclito e Demócrito, até a contemporaneidade composta por filósofos como Foucault, Deleuze e Onfray, o presente livro consubstancia-se como uma obra de cunho hedonista, anarquista e ateu, que recorre sobretudo a Epicuro, Spinoza e Nietzsche para compor uma poética que se oponha aos valores, às ideias e aos discursos de poder que asfixiam o homem e a vida cotidiana.


Por meio de aforismos e poemas, compôs-se entre essas linhas um livro que se opõe a tudo que reduz o valor da vida, que a afeta de tristeza ou que apresente o homem e a existência sob o signo repugnante da fraqueza, da miséria, da tristeza e da culpa. Trata-se, então, de fazer-se aqui o elogio da vida, do riso, do gozo, da mentira e da preguiça, capaz de fazer surgir, crescer e resistir, no caro leitor, afetos, ideias e valores que tornem a vida mais leve, mais rica e, portanto, mais potente. Em resumo, essa é a filosofia dos nômades: crescer como cresce a erva daninha, ágil e vigorosa, mesmo entre solos áridos e pedregosos.

Especificações técnicas

Poesia

212 páginas

14x21cm

Capa laminação fosca

Miolo papel polen 80g

ISBN 978-65-80340-04-0

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