A VÍRGULA DO TIRO
Bruno Santos
Prefácio
Às vezes a poesia vem quando quer, outras
vezes a puxamos de um lugar só nosso, a partir daí esse lugar passa a ser comum a todos. A voz da minha poesia não é minha, no sentido de exclusividade, é uma voz canalizada através do olhar que captura o
cotidiano e o transforma.
A vírgula do tiro pode soar pesado e, de fato, o tenta ser. Ainda que em meio ao tiroteio necessitemos falar de amor, ainda que com as notícias de guerras necessitemos fazer amor, a vírgula sempre irá separar uma coisa da outra. Este livro traz vários recortes e
impressões sobre o que passamos enquanto sociedade. Algumas vezes quase em tom de uma crônica. Algumas poesias deste livro já vêm circulando há algum tempo. O poema “A vírgula do tiro”, que também dá nome ao livro, ficou em segundo colocado no Concurso Nacional de Poesia Mário Quintana em 2013. Outros textos participaram de antologias. Então chegou a hora de juntar tudo isso e dar uma cara. Feito isso, tive a impressão de olhar um álbum de fotografias, pois cada poesia me dá uma imagem. Gostaria de fazer um livro do nosso tempo, mas creio que só o tempo dirá. Ainda assim, sinto que os poemas trazem contemporaneidade e despretensão. Quero somente jogá-los ao mundo e ver o que acontecerá. Agora estão livres para serem um lugar desconfortável no conforto de uma leitura.
O autor
Especificações técnicas
Poesia
68 páginas
14x21cm
Capa laminação fosca
Miolo papel polen 80g
ISBN 978-65-990345-0-3
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