(DES)VENTURAS SIMBÓLICAS
Adilson Ventura
Prefácio
Sou um leitor compulsivo. Desde que aprendi ler, sempre estive com alguma obra literária na mão, de clássicos aos contemporâneos, de contos a romances, biografias e, evidentemente, de poesias. E acredito que esta seja a forma mais sutil que um escritor pode encontrar para expor as condições do mundo em que vive. O poeta consegue demonstrar na dança de suas palavras, organização de seus versos os detalhes que de sua percepção. Como um compositor coloca cada nota para alimentar de prazer os ouvintes de sua música, o poeta nos dá a condição e vermos o mundo com olhos diferentes.
A poesia de Adilson Ventura demonstra essa riqueza na composição de seus versos, criando ao leitor atento, uma bela leitura de seus pensamentos cotidianos, recheados de sensibilidade dos conglomerados de palavras e frases que definem um estilo rico e (in)contestável, usando um recurso frequente em suas escritas, o que torna uma marca de seu jeito de escrever sobre tudo.
O cotidiano e suas rotinas contados (ou cantados) em cada frase das poesias que demonstram com sutiliza, a sua forma de ver o mundo em sua volta, e me levam a notar na cronologia disposta nesta coletânea a evolução da percepção ao seu redor, expondo em cada palavra, uma maneira de ser e pensar, e como ele mesmo cita no poema Visões “ Traduzo em poesias meus/ desesperos, receios, ressentimentos/ meus mais ocultos sentimentos”.
O professor Adilson, assim, se monstra versátil na arte da escrita e adota em suas estruturas diversos preceitos de formas poéticas e seus elementos, sejam com rimas, ou versos regulares ou livres, cada estrofe nos dá a nítida impressão de que cada palavra foi colocada no seu devido
lugar. E nas poesias com título, chama atenção, e me faz pensar, sobre o significado dos títulos em relação a poesia, algumas vezes de forma bastante subliminar, o que sugere algo além da palavra em si.
A filosofia, as artes e os sentimentos representam de forma quase espontânea, o trabalho deste poeta das Minas Gerais que hoje desbrava os rumos do ensino na Bahia, e torna a visão de suas experiências de vida um grande elo para composição dos versos que nos presenteia nesta obra, que para nós leitores, é um convite ao pensamento crítico, a prosa rica e a sensibilidade de suas poesias.
Vou citar mais uma vez uma delas para instigar o leitor que terá escolhido ter mãos este livro “para sonhar e se identificar” (Carta para o futuro) com seus pensamentos e sua prosa, nesta viagem no tempo do autor que, como registra na última página desta obra uma poesia com data do ano 2004, assim temos a certeza de que sua antologia poética é ainda muito maior, o que nos torna ansiosos para o deslumbramento de novos trabalhos assinados pelo professor, amigo e poeta Adilson Ventura.
Faustino Santos
DJ e Poeta
Guaxupé, junho de 2021
Especificações técnicas
Poesia
108 páginas
14x21cm
Capa laminação fosca
Miolo papel polen 80g
ISBN 978-65-990345-3-4
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