Escrevendo o mundo: da razão ao delírio; de Apolo a Dionísio.

Eis meu terceiro labor poético, com ou sem rima, o que vale é o dom da palavra que transa com a vida. Eu escrevo para todos e para ninguém, aprendiz por natureza, provando o novo e suas incertezas. O 
livro Catarse, nasce do fluxo do nosso tempo veloz, surge do impacto do cotidiano e o que isso provoca em nós, na identidade, na essência, na necessidade da reflexão. Assistindo e lendo a violência das informações selvagens do hoje, vejo como o agora rompe e cria um novo olhar no ser 
humano. Imprimindo com poesia o tom múltiplo das ruas, onde cada ato do indivíduo deixa o seu efeito recriando o novo a todo instante. Ora o desespero, ora a solidão, constrói infinitas expressões de um mundo plural. Catarse, como um rio que corre, como uma terapia existencial que busca preencher vazios, o eu interior, o ser adentrando as coisas e a vida. 
Apresenta a palavra como uma oração no alto da colina, uma poética expulsando sensações, adorando dimensões, manifestando o sentimento. 
Escrevendo o hoje sem esquecer o ontem, mergulhando na arte sem medo, sentindo a mão do pensamento, aprendendo com a fúria do universo de dentro. Um sorriso intenso, uma lágrima profunda, viver, falar de amor, inundar de paixão, cantar com poesia o calor de um coração, pintar de azul o cinza dos dias. A ideia é ser livre de fato, ver o mundo 
por outras portas, abrir janelas e percepções da vida.

Manifesto Poético
Vitória da Conquista, outono de 2022